Apresentação

O material que se encontra neste blog é, na verdade, um desdobramento de um projeto redigido como trabalho de conclusão do curso de extensão O Papel do Coordenador Pedagógico, da Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (COGEAE) da Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP). Apesar do foco do curso residir no trabalho dos coordenadores pedagógicos com os professores e sua formação segundo as concepções da Linguística Aplicada e da reflexão crítica, acabei por desenvolver um plano de ação que seguindo as mesmas premissas se debruça, no entanto, sobre a sala de aula.
Assim, o arcabouço teórico desenvolvido no curso é, guardadas as devidas proporções, aplicado ao processo de ensino/aprendizagem do aluno em sala de aula partindo-se de um problema identificado em uma realidade particular. Em outros termos, o projeto aqui apresentado, tem origem em meu trabalho desenvolvido como professor em uma instituição privada com demandas e contexto sócio-histórico específicos: as hostilidades e preconceitos apresentados entre alunos bolsistas e não bolsistas. Contudo, busquei formular uma abordagem que permitisse generalizações e aplicações mais amplas ao se considerar que o preconceito sócio-racial e atitudes hostis entre alunos não configura caso único, repetindo-se com mais frequência do que gostaríamos no universo escolar brasileiro. Não por acaso optei por disponibilizar este mesmo material também em formato virtual e que permitisse todo tipo de interação: desde atualizações de acordo com a aplicação em sala de aula até colaborações com outros professores. 
O nome do projeto e do blog – Uma só escola – remete justamente ao desejo de se combater as várias “escolas” que se formam no interior das instituições de ensino, especialmente as que possuem significativos programas de bolsa de estudos. Essas formas de segregação acabam por criar um ambiente por definição contrário ao ideal universalizante do ensino e inibidor da aprendizagem para a cidadania. É verdade que o título possui algo de ideal, de utópico. Porém, acredito que é justamente um horizonte amplo que deve acompanhar a trabalho diário, este sim com os pés firmes no real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário